quarta-feira, 10 de abril de 2013

Parece tão fácil falando

Preciso de um lugar pra organizar meus pensamentos de um jeito prático.

O carregamento com a minha cama deve chegar a qualquer momento, minhas calças estão ficando apertadas e eu emburrecendo. Os surtos de criatividade substituíram todo aquele conhecimento produtivo que me levaria a uma faculdade ou qualquer tipo de visão realista que eu tinha da vida, tudo permaneceu naquela nuvenzinha de sonho. Eu me desespero quando vejo que não faço nada dos meus dias e nem planejo os próximos, não planejo nada. Não vai ser 1 ou 145 filmes que vão me fazer levantar dessa cadeira e ver como a vida é bela, nem é um final de semana literal/figuradamente fora de casa que vai me trazer alguma coisa (além de prejuízo). Ninguém nunca me repreendeu da maneira certa, ou talvez eu nunca tenha dado ouvidos. Chega de motivos, que venha a solução.

Primeiro de tudo eu vou deixar de ser ridícula, histérica, solta. Pensar primeiro com a cabeça e depois com os quadris, ver que tem coisas muito mais importantes do que homem. Olha o tamanho desse planeta, nota quanto conhecimento eu ainda posso adquirir ao invés de ficar me lamentando por causa de 2 ou 3 (pretendo ler isso toda vez que as recaídas surgirem). Tomar mais café, ler mais livros, estudar mais e me prometer todos as bebidas e ressacas do mundo depois que as provas acabarem. Deixar o cabelo crescer e jogar o ruivo no lixo. Jogar minhas coisas velhas no lixo, conhecer gente nova, sobreviver até os 18.

Fazendo 1/8 disso eu já ficaria orgulhosa de mim, no momento ainda estou de mal.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Isso passa, ele passa.

Eu ainda consigo te ouvir cantando. O mais estranho é que a lembrança não é torta ou apagada, é quase como se a música que toca agora tivesse sido roubada da tua voz. Eu costumo ser muito brega quando isso acontece. O que acontece? Os espasmos talvez, a vontade de pintar os dedos do pé, o entusiasmo que vai e volta durante todos esses dias. O que não acontece prevalece, o que eu não disse ou não fiz, o abraço demorado que não saiu do imaginário, a fala maligna na hora de ir embora que foi substituída por um beijo que não pareceu beijo, foi quase que uma bomba no meio do protesto: "era só pra acordar".
Me dei o direito de observar sinais imaginários pra sair um pouco dessa rotina de gente. Não sei bem o que eu quero disso tudo. É como se depois de "tantos anos" os meus desejos continuassem agindo como uma criança de quatro anos.

EU QUERO, AGORA. OLHA PRA MIM. APARECE.

Não teria como ser mais ridícula que isso, por dentro. Eu glorifico gente que não merece, ok, talvez todo mundo já tenha me dito isso. Conselheiros inúteis, é como chegar pra qualquer drogado e falar "para de usar isso, para de ser aquilo, isso faz mal", não adianta. Não adianta dizer que vou me conter se minha única diversão é tanto sofrer por essas idiotices quanto sorrir por elas, como agora. Me diz o que mais nessa madrugada barulhenta iria me fazer adormecer? O melhor do fato de existirem fatos é que o pensamento é capaz de distorcer cada um deles. Não, eu não escrevo mais nomes em caderninhos nem projeto uma vida regada a torta de maça e filhos com bochechas rosadas, acho que apesar de mais idiota e fútil o meu pensamento ficou mais maduro. Maduro por saber que não dura, mas não pra saber o que é o melhor pra mim. E eu continuo parecendo uma doida que ataca caras em festas, manda mensagens maníacas e que abusa das suas drogas sem nenhum amor à vida. Mas eu juro, eu só pareço. No fundo eu só sou uma pessoa carente de alguém pra dividir minhas percepções da vida, mas não vale a pena falar muito mais sobre isso. Passa.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Pra lembrar daquele nosso sonho

Eu não tenho certeza se deixei a porta aberta enquanto dormia, mas ele entrou novamente sem perguntar. E nunca é o mesmo, o rosto é um pouco mais infantil, as calças um pouco mais apertadas, a voz é dublada pelo inconsciente. Pessoas vestidas de modo elegante em meio à chuva, deveria ser o aniversário de alguém que dera errado. Todos os convidados molhados, muita gente conhecida rindo e achando aquilo a coisa mais empolgante que poderia ter acontecido. Eu mantinha os olhos fixos nele, que sempre andava acompanhado de mais dois desconhecidos vestidos de preto. Eu lembro de uma gravata entre os dedos e um óculos ensopado entre os olhos, eles falavam de mim enquanto eu simplesmente corria de um lado pro outro atrás de abrigo. Senti aquela inocência de antes, acordei sentindo a sujeira de hoje.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Things have gotten closer to the sun

Não consigo pensar na possibilidade de existirem tantos caras iguais pela cidade, tantos com o mesmo olhar doce de outros tantos, como cópias. Eu me perco na parada 165 olhando em volta, tentando arranjar uma desculpa pra continuar procurando, sabendo que mesmo que eu achasse iria apenas me emudecer e vir aqui contar pro Sr. Ninguém. As coisas já se acalmaram por aqui, pelo menos agora eu sei por onde ando. Sem mais impulsos cambaleados, eu quero poder pensar como quem escreve com sono, eu quero aprender a focar quando preciso pra poder deixar de lado essa playlist. Eu poderia aprender a cantar, eu poderia me esforçar pra ser um pouco mais correta com os horários mas eu só consigo pensar na possibilidade de outras horas, uma onde a bandeja esteja um pouco mais limpa e as escolhas me envolvam. Opinar numa vida que não leva nada meu, mas que já arrancou mais de mim do que muita gente. Fui eu quem ousei, o usei.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Corta!

          Caramba, isso foi saudade? Na real foi uma pontada que surgiu lá no fundo de mim, e que, adicionada de uma bela música me fez chorar. Será que foi de raiva? De dúvida? De ciúme? Saudade, eu só consigo pensar nisso, e é a isso que eu fui resumida. Não importa quantas forem às vezes que eu for me reescrever, vai sempre soar desse jeito, como se eu fosse um marca página humano de tudo que acontece a todo momento. Tudo que me parece bom eu guardo, e guardo tanto que as gavetas estouram de tampas de latinhas, de laços, de etiquetas, até de perfumes. O que não é concreto dura mais ainda, e dói, arde toda vez que o alerta soa. Eu tento fazer com que as coisas se anulem, com que cada emoção tenha o seu próprio tempo mas eles me atropelam... Já esqueci do que tinha começado a falar.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

51 Faltas e contando

    Vejo que não pertenço mais à um só canto. Me deixei levar por muita gente e agora sinto tanto que sinto muito. Eu poderia fazê-la feliz, eu poderia ser mais feliz, poderia agradar quem me ama mas eu finjo que não é importante. Agora eu vejo a foto delas sorrindo, deles sorrindo,  dele sorrindo, e de quando eu sorria mais e tudo isso me ataca o peito. Pensar na faculdade sem olhar pros cálculos em cima da mesa, sem controlar a ansiedade ou o impulso de desaparecer. Eu sumo, e eu sinto que alguns deles temem por isso. Egoísmo, falta de comunicação, nossa como eu já me enchi disso vindo dos outros. Espero tomar jeito em breve pra poder acabar o ano sem mais preocupações.
   Comer é a saída já que até agora eu ainda não me contentei com quase nada, nem com todos os gritos do mundo eu consigo entender o que me faz feliz. Ah, compus uma música falando sobre isso, mas a letra ainda é um pouco sombria demais, algo que eu devo guardar pra quando não estiver no centro da roda. Será mesmo que eu nasci pras letras? Tudo fica tão embaralhado, são anos inteiros gastos nisso. Só queria que meu pai durasse mais que o cigarro que ele leva no bolso do abrigo, pra que pelo menos ele pudesse me ver bem, com dinheiro e descansada. Esse cara merecia bem mais do que um "tô saindo", eu deveria ser mais verdadeira assim como eu sou aqui. Meu problema é inventar uma família pro resto das pessoas, como se eu só narrasse os lances e nunca quisesse brincar de parente com eles, vejamos no próximo dia do nhoque quem sabe.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Homewrecker

        "Todo namorado é o único até que se prove o contrário, os bons nunca são fáceis, os fáceis nunca são bons. E o amor não acontece como você pensa que deveria. A dissimulação e a perfeição são traços maravilhosos, um produzirá amor, o outro ódio. Você me encontrará nos corações perdidos sob o nome "Estou procurando um novo começo e não pertenço à ninguém"."
 
                                                                                                                       Marina and the Diamonds.